Olá geeks, tudo bem com vocês?
Já tinha um tempo que eu gostaria de falar sobre isso com vocês e hoje eu finalmente tomei coragem e cá estou. Vim falar sobre os traumas que a vida deixa em nós, seja por algo que você fez, ou que alguém fez com você.
Você não sabe se tem um trauma ou não até repetir algo que te magoou ou te fez sofrer, por exemplo, há três anos atrás eu fui furtada dentro de um ônibus, foi um arrastão e não roubaram somente à mim. Eu tinha acabado de ganhar um celular novo, meu primeiro Smartphone que eu havia ganhado de aniversário não havia nenhum mês, porém, eu deixei ele na minha bolsa e me roubaram sem eu ver.
Só fui me dar conta que fui roubada quando o policial mandou todo mundo descer do ônibus porque haviam roubado a bolsa de uma mulher, eu levei a mão na minha bolsa e meu celular não estava lá mais. Falei com o policial e ele me mandou ter mais cuidado...
Eu fiquei esses três anos sem um celular novo já que não tinha condições de comprar outro. Eu consegui um trabalho e juntei por alguns meses e comprei o Moto X Play no dia dae Black Friday. Até aí tudo bem, mas sempre que coloco ele dentro da minha mochila eu não consigo ficar sem olhá-lo de cinco em cinco minutos.
Me dá uma agonia enorme, um medo de ter sido furtada novamente e eu tenho que olhar dentro da minha mochila para verificar se ele ainda esta lá.
O meu namorado, Keslley, foi assaltado dentro do eixo aqui de Goiânia. Três rapazes bem vestidos, segundo ele, entraram dentro do ônibus, dois ficaram um de cada lado dele e o terceiro colocou uma faca em sua barriga e disse para ele passar o celular ou iria abri-lo ali mesmo.
Uns homens que viram o que estava ocorrendo tentou ajudar, mas o ladrão falou que se alguém se levantasse para ajudá-lo eles iriam esfaqueá-lo. Assim, não restou nada senão entregar o celular. Ele ganhou outro de sua mãe, porém, ele também ficou traumatizado, mas diferente de mim ele não gosta de deixar o celular no bolso e se deixa ele fica verificando toda hora se esta lá. Prefere deixá-lo na mochila para que não tenha a sensação de ter sido roubado novamente.
O que o mundo está fazendo com nós? Esses foram apenas dois casos, porém, afetaram-nos do mesmo jeito. Temos medo de que se repita, como a sociedade pode aguentar viver com este medo? Medo de sair na rua e ser assaltado ou pior, perder a vida por causa de uma carteira ou um celular.
Minha amiga foi assaltada na porta da casa dela, um motoqueiro apontou uma arma para ela e pediu o celular. Ela disse que ficou com tanto medo de entregar e ele atirar nela mesmo assim, pois é isso o que está acontecendo, além de roubarem também lhe tiram a vida.
Não sei se vocês viram os avisos que dei falando que quebrei o pé, mas vou lhes contar a história. Aconteceu nessa sexta-feira (26/02/2016), é até irônico pois é no dia que eu e meu namorado comemoramos três anos e seis meses de namoro. Nosso professor havia marcado uma visita técnica em um lugar bem longe, pedi o meu pai a moto emprestada para poder ir. Tanto eu quanto o Keslley, meu namorado, temos carteira de motorista de carro e moto.
Antes de ir, eu pensei duas vezes em não ir. Não sei, algo dentro de mim queria que eu ficasse, mas resolvi ir pois só ia eu e ele do meu grupo e eu precisava pegar algumas informações sobre o trabalho. Peguei uma blusa de frio grossa, iria pegar uma fina, mas achei melhor pegar a de couro e peguei outra de moletom minha e dei para o Keslley ir também.
O caminho era longo, pois o local era longe e eu já estava até me sentindo cansada de tanto dirigir. Mas quando estávamos chegando ao local o acidente aconteceu. A rua era de três pistas, eu estava na última da direita e havia uma carro branco na pista do meio. Não havia nenhum carro na minha frente, porém o carro branco que estava na pista do lado de repente virou na minha frente, sem dar seta nem nada, sem falar que se ele quisesse virar ele tinha de estar na pista que eu estava e não na do meio.
Tentei frear, mas não deu, estava muito perto. Assim batemos. O Keslley disse que caiu antes e saiu rolando, mas eu bati no carro e por isso quebrei o meu pé. Eu lembro do som do retrovisor da moto quebrando, acho que nunca vou esquecer o som do vidro estilhaçando. Quando eu estava caída no chão me veio o pensamento de "isso não está acontecendo comigo...".
Porém a dor me tirou do transe. O meu pé doía intensamente, Keslley veio me ajudar, o asfalto estava queimando meus dedos da mão. O homem do carro branco saiu e ficou me culpando dizendo que eu estava errada, que eu tinha que prestar atenção, no entanto, do lado havia um posto de gasolina e os frentistas viram que ele estava errado e interviram.
Como eu estava queimando no asfalto me tiraram de lá e me colocaram na sombra do posto. Meu corpo todo tremia. Meu braço esquerdo e o meu pé também esquerdo doíam tanto... Por um momento pensei em dormir para que quando eu acordasse aquele pesadelo todo teria passado.
Uma moça do posto veio conversar comigo, já que eu não poderia dormir. Mantive o capacete na cabeça e fiquei ali encolhida conversando com ela tentando não pensar na imensa dor que atingia o meu corpo. Meu namorado não teve nada, ainda bem, pois geralmente é o garupa que machuca mais.
Acho que nunca senti algo tão horrível quanto foi ficar lá naquele chão duro tremendo todo o corpo e sentindo dores. Ainda estou me recuperando e terei de ficar 30 dias sem por o pé no chão...
Ás vezes paro para pensar e eu não quero perder para um trauma, eu não quero parar de andar de moto por causa de um acidente, mas eu sinto que vai ser difícil quando eu me recuperar e foi dar a primeira volta depois do acidente. Tenho medo de não conseguir, mas não posso fraquejar, não posso me deixar ser dominada pelo medo.
Infelizmente à vida nos dá esses traumas, mas eles têm que ser superados ou iremos viver com medo. Eu ainda não sei como vou reagir quando for andar de moto depois que melhorar, mas não posso desistir...
Se você que está lendo isso também sofreu um trauma e sofre por causa disso, não desista, siga em frente e lute contra os seus medos. Pois se você não enfrentá-los você não irá conseguir seguir em frente na sua vida. Espero que este meu post possa ajudá-los.
Até o próximo post!
Poxa, Géssica, espero que se recupere logo, força aí :]
ResponderExcluirOlha, durante muito tempo fiquei traumatizada por causa de um assalto a uma locadora na qual trabalhei e sei como é difícil. Mas, depois de muito tempo, consegui superar. Ainda fico com um pé atrás em algumas situações, mas antes eu não conseguia mais ficar sozinha, porque tinha medo de qualquer pessoa que se aproximava. Precisamos de força mesmo e não podemos desistir <3
Boa sorte pra ti <3
Olá Paty!
ExcluirNossa imagino como deve ser difícil, eu nunca fui assaltada, apenas me furtaram e não sei o que é pior: ser roubada e não ver ou alguém te abordar. Acho que os dois são horrívels.
E sim, precisamos de força e jamais desistir!
Obrigada pela força! *-*
Beijinhos.
Bom, esse motorista ai é um FDP, não é mesmo? Mas vamos ignorar ele e vou aproveitar para te contar um pouco da minha vida.
ResponderExcluirBom, tenho 15 anos, minha casa foi assaltada duas vezes, na primeira eu não presenciei, na segunda três caras chegaram por trás de mim, apontaram a arma pra minha cabeça e mandaram eu entrar, e acredite, isso é algo que a gente nunca esquece. Por sinal, minha família já está ficando irritada pois não suporto ver o portão destrancado, eu sempre tenho que estar indo tranca-lo e minhas irmãs ficam realmente estressadas, tenho pavor de barulhos a noite, principalmente o de pessoas na rua e qualquer pessoa que aparenta ter má índole e está na rua... Vixe filha, eu passo longe.
Também já fui assaltada em plena luz do dia, na frente da minha escola. Um cara que vinha subindo a rua aproveitou que u tinha acabado de ligar para minha mãe pra avisar que ia na casa de uma amiga quando mandou eu ficar quieta, pegou meu celular e uns dois metros a cima pegou o celular do garoto que estava na esquina. Nesse mesmo dia, quando ia pra casa da minha amiga, fula da vida por ter tido meu celular roubado, um homem estava andando em nossa direção e começou a nos abordar, eu, minha irmã e minha amiga demos passos instintivos para o lado, prontas para correr.
Era um cara entregando um panfleto sobre Jesus.
Bom, digamos que sou um pouco traumatizada, diga-se de passagem né, mas acho que me acostumei com isso, assim como você, tinha uma enorme mania de ficar olhando de tempos em tempos o celular, isso acabou, mas ganhei estranhas manias depois disso, que nada tem a ver com me proteger ou coisa do tipo (as vezes acho que estou desenvolvendo toque, mas né).
Não posso dirigir ainda, é lógico, mas já estive em algumas batidas de carro, acho que umas 6, claro que não foram fortes, algumas lampadas e janelas quebradas até o momento, mas ganhei certa paranoia, qualquer movimento suspeito de algum carro na estrada e eu, mesmo carona, sito um frio tremendo na barriga e tenho uma absoluta certeza que nesse tipo de situação, se for tentar dirigir, irei bater o carro na primeira semana.
Também tenho um medo horrível de raios que eu não tinha quando criança, mas ai eu já não sei o motivo heuehuehue.
Bom, o que eu quero dizer é:
A gente segue em frente mesmo assim, é ruim ter certas paranoias, é, mas ou você arranja um jeito de lidar com esses traumas ou segue a vida com eles ao seu lado, creio que quando eu crescer provavelmente vou procurar um psicologo, mas por em quanto eu convivo com meus traumas.
Vou aproveitar e deixar meu blog aqui, porque né http://exalandopurpurina1.blogspot.com.br/
ExcluirOieee!!
ExcluirSim, o cara foi muito FDP, mas depois acho que a ficha caiu e ele desejou melhoras pra mim e se desculpou.
Senhooooor... Que desespero você não deve ter passado hein? E se fizessem algo mais que apenas roubar? Ainda bem que não fizeram nada contigo!
Eu nunca fui assaltada de alguém chegar em mim e dizer "perdeu", mas me furtaram =/ Nem vi quando foi. Isso é muito ruim!
Nós que já passamos por essas coisas criamos manias mesmo, hoje eu andei de carro com o meu pai, eu estava no banco passageiro), o carro da frente fez um movimento parecido com o do carro que eu bati e eu assustei demais!
Como sou motorista meu instinto foi frear e eu usei o pé quebrado... só imagina a dor kkkkk Meu pai riu de mim e falou pra eu me acalmar. Acho que vai ser um pouco dificil voltar para o trânsito depois disso.
Indo dar uma olhadinha no seu blog!
Beijinhos!
OBS: Ameeeeeei o comentário enorme *o*
Vou visitar ;)
Excluir